quarta-feira, 15 de novembro de 2006

Voz sobre Protocolo da Rede

Finalmente eſtou configurado para usar a famigerada VoIP, ou Voz ſobre Protocolo da Rede. Ou ſeja, de qualquer diſpoſitivo (equipamento ou programa de computador) SIP baſta me chamar. Ißo inclui programas como Ekiga, Gizmo &c.

terça-feira, 7 de novembro de 2006

Migração de MySQL para PoſtgreSQL

Eſtive muito fruſtrado com um detalhe do meu trabalho, o MySQL. O caminho ideal ſeria migrar para PoſtgreSQL.

Cheguei a teſtar vários programetas Perl, Ruby, Python para fazer a migração. Todos funcionam, embora ſem conſertar os problemas de tipos de dados típicos duma baſe MySQL; alguns ſão baſtante ineficientes. E cheguei a ter ſuceßo.

Mas demorei demais, e o patrão arranjou outras prioridades para os deſenvolvedores que iam ajuſtar a aplicação. Projeto abortado, e eu, fruſtrado.

Agora, no CONISLI 2006, encontrei o David FETTER, autor do DBI Link, que nada mais é que um mecaniſmo de federação para PoſtgreSQL: permite gerir diverſas fontes de dados tabulares como tabelas do PoſtgreSQL.

A idéia agora é implantar, junto de cada baſe de dados MySQL, uma baſe de dados PoſtgreSQL, que ſerá a definitiva e enxerga todos os dados MySQL. Funcionando os aplicativos com a baſe PoſtgreSQL, pode-ſe migrar uma tabela de cada vez, ou as tabelas relativas a um aplicativo de cada vez.

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Livros mais baratos

Abaixei o preço dalguns livros.

¿Lutar ou emigrar?

Às vezes dá vontade d’emigrar. Reeleger o Lula… um governo corrupto e incompetente, que roubou e mentiu para ſe perpetuar no poder, apoiado por entidades sem exiſtência legal que querem mudar o regime violentamente, que aparelhou o Eſtado para alimentar o partido e eſtá identificando o governo com o partido a ponto de dificultar a aſcenſão doutros partidos, aßim arriſcando-ſe a derrubar efetivamente a (fragilíßima) democracia braſileira. Ninguém quer chamar os militares, nem eles querem ſer chamados, e na verdade exiſte uma identificação nacional-eſtatiſta dos militares com o PT. Mas também, não queremos ser uma Bolívia ou Venezuela.

O problema é, como emigrar… e ſe vale a pena. Goſtaríamos de ajudar na igreja, de ajudar o povo; mas às vezes penſa-ſe ſe ißo meſmo não é mais fácil de fora. Mas por outro lado, outros paíſes têm ſeus problemas, como proibir que ſe diſciplinem os próprios filhos.

De qualquer maneira, emigrar exigiria um grande inveſtimento, ſeja de tempo ou de dinheiro; inveſtimento que provavelmente ſerá melhor aplicado em uma pós-graduação, até como paßo intermediário da emigração, e pode talvez proporcionar um nível de vida mais compatível com a expectativa da família e o deſejo do coração.

Na igreja

Graças a Deus, temos participado da igreja como nunca antes. Já tive a reſponſabilidade de pregar duas vezes, mais duas aulas de eſcola dominical e devo eſtar no terceiro eſtudo bíblico de quarta-feira (antes, quinta). A única vez que me ſenti tão útil na igreja foi no tempo de ABU, quando ela era menos politizada do que hoje — na verdade, os noßos grupos é que talvez foßem mais iſolados da maioria dos outros grupos, mais politizados. Preciſo publicar eßes eſtudos em meu ſítio.

CONISLI 2006

Paßei ſexta de manhã, ſábado o dia inteiro e a tarde de domingo no CONISLI, um congreßo de ſiſtemas livres. Pena que não me planejei melhor; a tarde de ſábado, para a qual já tinha compromißo firmado, deve ter ſido a mais intereßante, repleta de paleſtras PoſtgreSQL. Entretanto, ainda foi muito bom. Conheci peßoalmente várias peßoas conhecidas de há anos de liſtas de diſcußões da comunidade brasileira de PoſtgreSQL. Pena que minha ſituação financeira não me permite comprometer-me mais com eles.

sábado, 2 de setembro de 2006

Comparação de renda: CLT, Flex e PJ

Enriqueci a planilha comparativa da APInfo com o eſquema CLT Flex (ou Cotas). O arquivo eſtá em formato Open Document. O intereßante é verificar que, recebendo como CLT, o reſultado final é inferior ao meſmo bruto do Flex, ao contrário do PJ. Como nem o Google encontra uma boa explicação ſobre CLT Flex, aqui vai: recebe-ſe uma parcela do ſalário combinado, geralmente cerca de 40% do bruto, e o reſtante é pago na folha, mas ‘por fora’ do ſalário, na forma de deſpeſas como aluguel, tranſporte &c. Ißo para evitar os deſcontos legais.

quarta-feira, 30 de agosto de 2006

Corcete, o melhor head hunter de São Paulo

Hoje um amigo comum eſtava numa roda de empreſários e ouviu alguém comentar que o Corcete é o melhor head hunter da região de São Paulo. Corcete ſendo, é claro, Oliveira Corcete Dutra, meu pai.

E olhem que ele é melhor inſtrutor ainda.

sábado, 29 de julho de 2006

Vendo ou troco livros

Troco ou vendo alguns livros, que tenho em duplicata.

quarta-feira, 5 de julho de 2006

Tradução Brasileira

Não, não é a Herbert Richers. É uma tradução braſileira da Bíblia Sagrada feita em começos do século XX, atualmente ſob domínio público. Onde ißo me afeta é que eſtou em buſca de uma cópia eletrônica para publicação pela Sociedade Bíblica CroßWire. É uma edição da Sociedade Bíblica do Brasil, dentro do pacote Bíblia Online. Se alguém ſouber de um exemplar em papel, também eſtou em buſca de.

segunda-feira, 26 de junho de 2006

De volta à Rede, configurado

Finalmente, após ‘longo e tenebroſo inverno’, eſtou de volta à Rede, configurado e eſtável.

sábado, 24 de junho de 2006

Padrão japonês de burrice

Devemos ao ſenhor Hélio Costa mais um epiſódio de atraſo nacional. E a seu patrão Luís Inácio ‘Lula’ da Silva.

Porque eles paßaram por cima do intereße nacional para atender às emißoras de rádio & TV. Não porque o padrão japonês de televiſão digital lhes foße mais conveniente, mas porque é mais inconveniente a seus concorrentes.

Explica-ſe: Hélio Coſta é da área de radiodifuſão, e cuida de ſeus intereßes, no caſo o de enfraquecer a concorrência. Já Luís Inácio da Silva quer ſe reeleger a qualquer cuſto, haja viſto todas as deſoneſtidades que tem praticado (dizer não ſaber do menſalão, preßionar pela ſaída do ar do Bóris Casoy &c), & portanto tem de atender às emißoras para ter ſeu beneplácito à ſua reeleição.

É o PAL-M II, o Retorno. Só que na época havia a deſculpa do protecioniſmo, que equivocadamente identificava-ſe com o intereße nacional, e da excelência técnica. Hoje eſcolhe-ſe o padrão mais antiquado, ſem benefícios comerciais palpáveis, por intereßes clara & deſpudoradamente peßoais.

¿Será que a Nova Zelândia (ou a Suíça, ou o Canadá, ou…) não querem uma família de imigrantes? Ou ¿Deus não quer um paſtor aqui no Braſil meſmo? Porque viver aqui como profißional e cidadão eſtá cada dia mais fruſante. Ou ſe é cidadão doutro país, ou ¡doutro mundo!

segunda-feira, 19 de junho de 2006

De novo na ativa

Depois de quaſe quarenta dias no mercado, de volta à ativa. Para meu alívio, deſta vez o clima é muito bom. O ſalário ainda é inſuficiente para ſuſtentar a família em São Paulo, e é impoßível morar onde queríamos, mas eſpero que vá melhorar.

O mercado de trabalho parecia aquecido, mas nenhuma oferta ſe concretizou em maio, e apenas eßa em junho. Entretanto, é uma empreſa com um bom potencial de creſcimento. Vejamos o que Deus tem para nós.

Ainda não ſei a política da empreſa para blogs, então vou me abster de maiores comentários. Mas é a primeira empreſa onde, além de ter contato direto com o proprietário, poßo contar com que ele entenda e aproveite um artigo como Beating the Averages do Paul GRAHAM.

quinta-feira, 11 de maio de 2006

Mercado de trabalho

O mercado de trabalho de Informática no Braſil eſtá aquecidíßimo. Eſtou no mercado há duas ſemanas, e tenho tido uma entreviſta por dia, ou duas, chegando a ter de adiar algumas por falta de eſpaço na agenda. Só uma era realmente fora de perfil, e ſó uma outra já teve o proceßo encerrado deſfavoravelmente. Talvez amanhã ſeja o primeiro dia ſem entreviſta.

segunda-feira, 1 de maio de 2006

De novo no mercado…

Estou em buſca de trabalho. E eſtou baſtante flexível: interior, São Paulo, Exterior… na verdade, deſta vez ainda mais flexível, porque estou diſpoſto a trabalhar também como peßoa jurídica, experimentar outras funções. Já baſtante gente me tem dito que devia trabalhar em coordenação de equipes, ou ensinando… é claro que prefiro continuar com Adminiſtração de Dados, e se puder ser com ſiſtemas livres melhor ainda, mas nada (¿ou quaſe nada?) ſerá impeditivo.

quinta-feira, 20 de abril de 2006

Perdemos…

Para todos amigos & parentes que nos vinham acompanhando, temos de dar a notícia de que perdemos a gravidez, após nove ſemanas.

Aparentemente houve alguma má-formação bem no começo da gravidez, & o fœto não chegou a ter vida. Também não houve a expulsão espontânea, & por ißo a Débora teve de ſe ſubmeter a uma curetagem.

Eſtamos bem, embora tenhamos ficado triſtes — principalmente a Débora, é claro. E além da triſteza da perda, ela ainda passou pela montanha-rußa hormonal de que ſó as mulheres conſeguem fazer idéia.

Agora preciſamos nos mudar, começar a preparar para tentar de novo…

terça-feira, 18 de abril de 2006

Tentando corrigir um livro

Eſtou tentando já há meſes corrigir o (em outros aſpectos excelente) Oracle Essentials, 3ª edição, da O’Reilly:

Dr. Edgar F Codd first described the relational database concept in an IBM Research Report named Derivability, Redundancy, and Consistency of Relations Stored in Large Data Banks. His 1970 paper was published in Communications of the ACM, and was called A Relational Model of Data for Large Shared Data Banks. The inexistent System R4 Relational name seems to be a mishearing of IBM’s System R subproject of the Future System project, which was thus named in 1974: probably an author overheard someone mentioning it as something like the IBM System R, (where R stands) for Relational. Also, Oracle was not the first relational database. It was the first SQL DBMS: it is neither a database, but a DBMS, nor relational, but based on SQL, which is not relational. Actually the first relational DBMS seems to have been the original University Ingres, before it became the current PostgreSQL.
O texto original, errôneo, que tem ſido amplamente copiado e divulgado na Teia (ſegundo o Google), aparentemente porque eſtá diſponível como uma amoſtra copiável em Adobe PDF:

The Evolution of the Relational Database

The relational database concept was described first by Dr. Edgar F. Codd in an IBM research publication entitled “System R4 Relational” appearing in 1970. Initially, it was unclear whether any system based on this concept could achieve commercial success. Nevertheless, Relational Software, Incorporated (RSI) began in 1977 and released Oracle V.2 as the world’s first relational database within a couple of years. By 1985, Oracle could claim more than 1,000 relational database customer sites. By comparison, IBM would not embrace relational technology in a commercial product until the Query Management Facility in 1983.

Hoje deve ſer a terceira vez que envio o comentário acima à editora, através de ſua página de comentários. E até agora, ſe recuſaram a publicar, ſeja o meu comentário ſeja uma verſão ſanitizada dele. Se alguém tiver uma maneira mais política de dizer ißo, ou meſmo parte dißo, por favor, comente… e aguarde a publicação de seus comentários na página de errata ou, pelo menos, na de relatos ainda não confirmados. O meu comentário tem ſido ignorado.

Atualização: Há outros erros no mesmo parágrafo, também enviados à O’Reilly:

The first IBM commercial SQL product was actually 1982’s SQL/DS for DOS/VSE, announced in 1981. 1983 saw also the launch of DB2.

E:

Actually the first IBM relational product was BS12.

sexta-feira, 10 de março de 2006

Reformados: Bezianos, Calviniſtas e Arminianos

A terceira menſagem intereßante do Bachega em alguns dias, e que me levou a publicar eſtas mal-traçadas. Sobre o Auguſtus Nicodemos Lopes, O Que Aconteceu com os Evangélicos?:

Bom artigo… ſó alguns comentários:

…Há opiniões divergentes sobre quando o moderno evangelicalismo nasceu. Aqui, adoto a opinião de que ele nasceu, como movimento, nas décadas de ’50 e ’60 nos Estados Unidos. Era uma ala dentro do movimento fundamentalista que desejava preservar os pontos básicos da fé (veja meu post sobre Fundamentalismo), mas que não compartilhava do espírito separatista e exclusivista da primeira geração de fundamentalistas. A princípio chamado de ‘neo-fundamentalismo’, o evangelicalismo entendia que deveria procurar uma interação maior com questões sociais e, acima de tudo, obter respeitabilidade acadêmica mediante o diálogo com a ciência e com outras linhas dentro da cristandade, sem abrir mão dos ‘fundamentos’.

Conheço ißo por neoevangelicaliſmo, por contrapoſição aos fundamentaliſtas e pré-fundamentaliſtas; talvez porque eu inclua fundamentaliſtas entre os evangélicos, como o Schæffer.

…queriam se livrar da pecha de intransigentes, fechados, bitolados e obscurantistas, ao mesmo tempo em que mantinham doutrinas como a inerrância das Escrituras, a crença em milagres, a morte vicária de Cristo, sua divindade e sua ressurreição de entre os mortos. Eram, por assim dizer, fundamentalistas esclarecidos, que queriam ser reconhecidos academicamente, acima de tudo.

Acho que a coiſa é muito mais ampla que a Academia, embora ela de fato ſeja influente através dos ſeminários. Os neoevangélicos, talvez inſeguros do amor de Deus, querem ſer aceitos pelo mundo, acadêmico ou não; também no clube, no trabalho, na eſcola, na vizinhança.

1. O diálogo com católicos, liberais, pentecostais e outras linhas sem que os pressupostos doutrinários tivessem sido traçados com clareza. Acredito que podemos dialogar e aprender com quem não é reformado.

A dificuldade do termo reformado, que a rigor inclui todos os proteſtantes ortodoxos, e na acepção reſtrita não engloba todos os evangélicos ortodoxos. Por ißo eu prefiro calviniſta, embora de tom mais ſectário.

4. O abandono da confessionalidade, dos grandes credos e confissões do passado, que moldaram a fé histórica da Igreja com sua interpretação das Escrituras.

Na verdade muitos batiſtas já não eram confeßionais, ißo é anterior ao fundamentaliſmo. Eu conſidero que o problema foi a congregacionalização de caráter quaſe-batiſta dos evangélicos, ſem que abſorveße a atitude bereana batiſta.

Não basta dizer que a Bíblia não tem erros. Arminianos, pelagianos, socinianos, unitários, eteroteólogos, neopentecostais – todos afirmarão isso.

Não concordo com a incluſão dos arminianos entre os hereges, até porque, na raiz hiſtórica, conſidero os arminianos como reformados, calviniſtas moderados, não-bezianos — o arminianiſmo foi feito por calviniſtas que não se conformaram à radicalização beziana, e a conſidero a remonſtração mais calviniſta que Teodoro de Beza. Meſmo o que talvez ſe poßa chamar o neoarminianiſmo de João Weſley ainda é diſtintamente reformado, afirmando por exemplo o pecado original.

Do que ſei do ſínodo de Dort, foi ſectário e radical ao ponto da impiedade. É um fato deſafortunado que muitas vezes quem é expulſo acaba decaindo (remonſtrantes, neoarminianos, velhos católicos, meſmo num prazo mais longo o proteſtantismo dito hiſtórico), mas conſidero que meſmo ißo deve ſer lançado na conta de quem expulſou ſe foi caſo de exceßo de legaliſmo ou apego a fórmulas.

Ao jogar fora séculos de tradição interpretativa e teológica, os evangélicos ficaram vulneráveis a toda nova interpretação, como a teologia relacional, a teologia da prosperidade, a nova perspectiva sobre Paulo, &c.

Que é eſta nova perſpectiva ſobre Paulo? Não sei.

5. A mudança de uma orientação teológica mais agostiniana e reformada para uma orientação mais arminiana. Isso possibilitou a entrada no meio evangélico de teologias como a teologia relacional, que é filhote do arminianismo.

Não acho juſto lançar neo-moderniſmos à conta de Jacó Arminius, aßim como não ſe pode lançar o fataliſmo à de João Calvino.

Permitiu também a invasão da espiritualidade mística centrada na experiência, fruto do reavivalismo pelagiano de Charles Finney.

Não ſeria mais preciſo chamar Finney de ſemi-pelagiano?

Essa mudança também trouxe a depreciação da doutrina em favor do pragmatismo, e também o antropocentrismo no culto, na igreja e na missão, tudo isso produto da visão arminiana da centralidade do homem.

Ißo não eſtá nem em Weſley nem em Arminius. Por outro lado, há também perigos do calviniſmo? Perigos há por toda parte…

Não há saída fácil para essa crise. Contudo, vejo a fé reformada como uma alternativa possível e viável para a igreja evangélica brasileira

Preciſamos deßa alternativa? Ou em outras palavras, é viável reſgatar eßas igrejas, ou é melhor deixar as coiſas antigas para trás?

Penſando bem, acho que tinha de publicar eßes comentários no meu blog…

(Que é o que agora faço.)

Violência doméſtica versus converſão

Mais uma vinda pelo Bachega, deſta vez do Jornal da Tarde de 8 de março de 2006, Agredidas em nome de Deus. Talvez o título ſeja injuſto, mas de bate-pronto meu comentário foi:

Uma peſquiſa (feita por romaniſtas) nos EUAN apontou a tendência dos evangélicos convertidos ſerem melhores maridos que os ſeculares, enquanto os evangélicos por tradição e herança serem piores. Creio que no Braſil eßa ſituação ſeja ainda complicada pelo legaliſmo, como aponta eße artigo meſmo.

Robinſon Cavalcanti: pós-moderno anti-moderno

O amigo Leandro Bachega mandou o eſboço da paleſtra A Igreja e os deſafios da pós-modernidade, do Robinſon Cavalcanti.

Aqui vão meus comentários:

Bom texto… ſó algumas notas:

4. …Secularismo, como desvalor das instituições e das experiências religiosas, radicalmente privada e sem mensagem ética social (necessidade do Capitalismo).

O Capitaliſmo é ſó um modo de produção, não ſe opondo à ética nem criando uma própria; mas é condicionado por ſeu ambiente. Assim, aparece numa Europa já em ſecularização, haja viſto o latitudinarismo inglês por exemplo.

O que incomoda no Robinson é ſua neceßidade de colocar em tudo a opoſição Socialiſmo–Capitaliſmo. É uma viúva do Socialiſmo, aparentemente.

5. Ocidente: o equívoco da resposta da Teologia Liberal (ou Modernista), uma hermenêutica de desmitificação, e a tentativa de ‘adequar’ a mensagem religiosa à mentalidade do homem moderno, esvaziando-a e tornando-a irrelevante, reforçando o Secularismo e levando ao abandono das Igrejas. Realidade particular do Protestantismo no Primeiro Mundo.

Na verdade ißo ocorreu também, em menor grau, no Romaniſmo. O biſpo de Roma hoje é a peßoa mais reſpeitada, mas menos obedecida da Europa — é a brincadeira que por lá corre.

A Pós-Modernidade vem junto com o fenômeno da Globalização Assimétrica, uma Ordem Internacional Imperial, O peso da ‘idéia única’ liberal-capitalista e o ‘Fim da História’ (Fukuyama).

Aí já se cai no partidariſmo. Chamar os EUA de imperiais é um bocado de exagero. Eles ſe comportam ſim como gendarmerie do mundo, mas incluſive a pedidos, por uma neceßidade que ſeria reſponſabilidade européia em ſuas antigas áreas de influência — às quais a Europa envia dinheiro que serve para ſuſtentar déſpotas nem um pouco eſclarecidos, e alivia criſes humanitárias, mas de nada serve para tranſformar culturas e evoluir economias; e às quais a Europa é incapaz de garantir ſegurança. Por exemplo, a ſituação iraquiana ſeria reſponſabilidade anglo-turco-rußa, mas eßas ‘potências’ não tinham a capacidade.

Quanto à globalização aßimétrica, é a conſeqüência natural do refluxo cultural europeu que concedeu independência às ex-colônias deſpreparadas para ißo. Um fato ſem ſolução a curto prazo, já que ſó uma re-evangelização reformada (não neceßariamente beziana) poderia fazer diferença.

11. …Os Espaços Não-Cristãos Ocidentais (Ortodoxia Oriental, Islã, p.ex.)

Deve ter ſido apenas engano chamar os orientais de não-criſtãos, ou talvez ele tenha querido dizer ‘fora da combinação criſtã-ocidental’.

13. O que temos que reconhecer, diante do novo quadro:

a. …o equívoco da nova Constituição da União Européia;

Equívoco ou reconhecimento de uma triſte realidade? Ou o equívoco não ſeria anterior, de querer juntar o que Deus ſeparou? Aliás por eſte critério, o Braſil e os EUA, meſmo a França, a Alemanha, o Reino Unido, a Eſpanha e a Suíça já ſeriam erros, no mínimo.

b. …ausência de projetos históricos alternativos, violência geopolítica (vítimas de várias formas de neo-colonialismo)

É difícil ter projetos hiſtóricos alternativos quando não ſe reconhecem ſequer as realidades econômicas. Ainda não vi nenhum realiſta, e duvido que seja poßível. Só o que antevejo é reconhecerem-se as duras realidades preſentes, trabalhando para modificá-las pela combinação de Evangelho (preponderante) e Ciência (ſubordinada).

E a vitimização dos ex-coloniais é baſtante ridícula do ponto de viſta hiſtórico. Quem tem matado o afro-aſiático-latinoamericano já há cinqüenta anos é o próprio afro-aſiático-latinoamericano mais rico e poderoſo, como ſempre foi até as Grandes Descobertas. E mesmo neße interregno, quem eſcravizava o africano era o africano. Muitos dos preſos de Guantánamo o foram por iraquianos reſpondendo a ofertas de recompenſa por captura de terroriſtas?

14. O equívoco de se vincular, necessária e genericamente, o terrorismo com o fanatismo ('fundamentalismo') religioso, ou com qualquer expressão religiosa em particular. A complexidade e a diversidade do fenômeno.

Não há engano nenhum aí, o terroriſmo do ſéculo XXI é baſicamente muçulmano, principalmente com a vitória recente ou próxima sobre IRA, ETA e grupos ſimilares.

O papel da tecnologia de comunicação: mídia, internet, telefonia móvel.

Ludiſmo? Difícil ſaber. O que os meios de comunicação têm a ver com o conteúdo da comunicação? Não ſe eſtá a discutir meios quentes vs frios (cinema vs televiſão, por exemplo).

A menos que ſe fale da maßificação da ſociedade de consumo e conſeqüente reação por parte dos excluídos dela.

Tese: O Fanatismo Religioso como 'Bode Expiatório' para uma Globalização Assimétrica, para as questões sociais irresolvidas (e onde não há vontade política de se resolver)

Vontade política? Que tal condições políticas objetivas? Lula prova que vontade não baſta… ou alguém duvida que ele, e o PT, têm vontade de fazer a Reforma Agrária, a diſtribuição de renda, eliminar a miſéria etc?

19. As igrejas evangélicas estão fragilizadas pelo excessivo divisionismo denominacional, fruto da própria fragmentação e desprezo à autoridade da Pós-Modernidade, e da falta de estudo e valorização de uma Eclesiologia Bíblica e Histórica.

Por outro lado, o denominacionaliſmo tende a validar os deſvios doutrinários e práticos hiſtóricos. Por ißo ſou localiſta.

É triſte que o Robinſon meſmo não reſiſta a modas, como a ordenação feminina, curſos Alfa etc.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2006

Mais um!

Teremos mais um filho, um irmãozinho (¿a?) para o Felipe.

Já vem tarde, mas não pudemos ‘encomendá-lo’ antes.

Agora temos de providenciar caſa, e todo o resto…

Deus proverá.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2006

Amigos

Escreveram amigos da Suíça… e uma prima de Braſília. Muita gente a eſcrever, e mal damos conta. É uma pena.

Provas

Feitas as primeiras provas para a pós-graduação, ſábado e domingo. Seis horas em dois períodos num dia, cinco horas seguidas no outro. Meio inſano fazer provas no domingo, como se não tivéßemos mais o que fazer; talvez ſeja parte do objetivo, dar preferência a quem já tenha berço e condições de investirem tempo além do normal proletário.

Algumas questões pareciam muito detalhiſtas para uma prova de pré-ſeleção, outras pareciam queſtões de opinião ou meſmo pegadinhas. Havia tempo em exceßo na pré-ſeleção ‘objetiva’, e de menos na dißertativa. Mas o pior é que comecei a eſtudar muito tarde, preocupado com trabalho e encerrar projetos da época do deſemprego, que demoraram demais a pagar e, em alguns caſos, pagaram bem menos que o acordado e eſperado; que paßei mal uma semana direto antes das provas ſem conseguir licença do trabalho; e que contei mal o número de palavras da última queſtão, equivalente a 20% da segunda faſe.

Só Deus ſabe.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2006

Jabber e GTalk

Uso o Jabber, que é cada vez mais útil dada sua adoção pelo Google Talk — mas ainda não consegui um cliente Web que funcione no MS IE 6 sobre MS WXP através do Squid. O que chega mais perto é o JWChat, mas não chega a me permitir dizer que estou em linha, adicionar amigos ou configurar.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2006

Preocupado com um colega

Um colega eſtá para se divorciar. É de igreja, está afaſtado, e não me parece que ſe ſinta na obrigação de andar a ſegunda milha com sua esposa, nem de voltar para Deus. Acho ißo profundamente perturbador, porque é como se ele não foße convertido, não conheceße a graça de Deus.

domingo, 5 de fevereiro de 2006

Um dia de dúvidas

Almoço hoje com uma família da igreja. Querem ajuda, crêem que a igreja está fraca e que eu pudeße ajudar a dividir a carga do conselho. O problema é que meus planos incluem uma pós-graduação, poßivelmente fora de Sampa, o que me excluiria qualquer participação ativa lá. Para ficar, meu trabalho tinha de ſer mais intereßante, recompenſador e regular. Só milagre.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2006

Tentando algo

Tentando começar a eſcrever… mais por cauſa duma viroſe que por neceßidade. E brincando com tipografia, ſe deu para perceber. Deveria haver um ſiſtema em que pudéßemos eſcrever normalmente, e reſultaße o texto com todas as ligaturas que ſe quiſeße. Deve dar para fazer algo em ſed.

Intereßante como as peßoas ſomem. Eſcrevemos, telefonamos — mas poucos reſpondem. Muitos até nos procuram uma vez ſó, e nunca mais reſpondem. Poucos os amigos que reſtam, quando não ſe tem mais tempo (ou diſciplina) para buſcar um a um ſiſtematicamente.

¿É aßim também que agimos para com Deus, que nos buſca? Sim.