Padrões em fotografia: negativos digitais
Negativos digitais ſão ſem dúvida a área na fotografia mais em falta de padrões. Muitas câmeras digitais nem ſequer produzem negativos digitais, vulgo arquivos crus. Seus JPEGs ſão os equivalentes digitais das câmeras inſtantâneas Polaroid: decentezinhas, mas não tem como preſervar a longo prazo nem como proceßar para melhorar.
O problema é que o JPEG repreſenta uma redução em relação às informações captadas pelos ſenſores, não tanto em reſolução mas pela redução na profundidade de cor (os ſenſores geralmente captam 12 ou até 14 bits), compreßão, equilíbrio dos brancos &c; todas deciſões que alteram ſignificativamente os reſultados fotográficos mas que não ſão reverſíveis num JPEG, por ißo a necessidade dos negativos digitais.
A preſervação devia ſer óbvia: um JPEG é para ſempre, mas o problema dos negativos digitais é que a grande maioria das câmeras grava formatos proprietários dos fabricantes. Certo, os formatos não ſão muito complexos e ſão todos razoavelmente ſuportados pelo DCRaw; mas ſomente um formato padrão ſerá realmente à prova do tempo, principalmente para uſuários de ſiſtemas proprietários que não uſem o DCRaw.
A alternativa mais viável no momento é o DNG. Definido pela Adobe, foi entretanto baſeado no padrão aberto TIFF/EP, que foi baſeado no padrão TIFF, originalmente pela Adobe, e ſerá ſucedido por uma nova verſão do TIFF/EP. Ou ſeja, tem hiſtória & tem futuro. O ſuporte geralmente ſe reſtringe a marcas menos vendáveis: Leica, Samsung, Pentax, Ricoh, Casio, modelos antigos da Haßelblad. E infelizmente, geralmente os modelos de menor volume de cada marca.
Mais infelizmente ainda para mim, não planejo ter nenhuma câmera DNG num futuro próximo. Há outros aſpectos de padronização que na verdade acabam ſendo tão importantes quanto o formato do negativo digital, e combinados com fatores econômicos acabam ſendo determinantes para mim; pretendo explorá-los aqui em breve. Mas, ſe você está penſando numa câmera, penſe neße fator.
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