sábado, 27 de outubro de 2007

E o MS Windows afundou o Onda…

Hiſtória antiga:

Em 1 999–2 000 morei em Londrina, PR. O provedor mais popular lá era o Onda, na época ligado à Telepar e hoje à RPC.

Acabara de comprar meu ſaudoſo Apple Power Macintoſh G3 bege de meſa, com um (caríßimo, na época) modem Diamond. Funcionava que era uma beleza: conexões inſtantâneas, duráveis, eſtáveis, próximas do limite teórico da banda.

Pouco tempo antes de me mudar, tudo mudou. De um dia para outro, preciſava duas a quatro tentativas para obter uma conexão de menos da metade da banda com que eſtava acoſtumado, e que durava de cinco a quinze minutos antes de cair. Ligava para o Onda, e nada de ſolução. Fui tranſferido de volta para São Paulo, e deſencanei.

Na época me familiarizava ainda com a plataforma Macintoſh (incluſive o não tão ſaudoſo Mac OS 9), e portanto participava de liſtas de diſcußão eſpecíficas — a mais importante ſendo a ſaudoſa MacBBS. E como ſói acontecer, ſempre há quem chegue neßas liſtas para falar mal da plataforma e dos produtos. Geralmente fãs de carteirinha da MicroSoft, que, como a empreſa, têm dificuldade em aceitar tanto a diverſidade tecnológica quanto os padrões abertos e ſua própria inferioridade tecnológica; ou defenſores dalguma diſtribuição GNU/Linux ou BSD, dalguma verſão de Mac…

Enfim, apareceu um ignaro na MacBBS (ſe não me falha a memória) dizendo que Mac OS não preſtava (o que talvez foße verdade na verſão 9), que bom meſmo era MS Ƿindoƿs… quando vieram as críticas óbvias de inſegurança, eſtabilidade &c ele ‘argumentou' que elas ſe aplicavam ſomente ao NT, que de fato era ruim, mas que o 2000 era muito melhor, não tinha nenhum problema. Tentamos moſtrar‐lhe que era mera ignorância ſua de plataformas melhores; que ele achava o 2000 bom por não conhecer ſiſtemas POSIX ou de grande porte.

O peixe morre pela boca… ſem argumentos, noßo amigo quis dar exemplos. E diße que tinha um cliente no Paraná, um provedor de aceßo, que uſava Sun Solaris mas, devido ao alto cuſto de ſyſadmins e equipamento, migrara tudo para MS Ƿindoƿs 2000. ¡Bingo! Foi ſó perguntar quando ißo ocorrera, e confirmar que tratava‐ſe do Onda.

Deſneceßário dizer que todos meus conhecidos, contraparentes e amigos migraram do Onda para o outro grande provedor de Londrina, o Sercomtel. O barato ſaiu caro para o Onda.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Trens impoßíveis

A ſituação de tranſporte público em São Paulo eſtá vergonhoſa. Ainda prefiro o PSDB às alternativas, ainda mais ſabendo que o funcionaliſmo público é lento e a ſituação já melhorou muito em relação aos tempos em que os trens eram federais. Mas a linha Jurubatuba—Oſaſco eſtá ſuperlotada, tendo ganho a integração Jurubatuba–Autódromo sem ganhar mais vagões. Os trens têm quebrado e atraſado, e o reſultado ſão brigas entre os paßageiros para entrar e ſair dos vagões, gente paßando mal, e eſtes circulando de portas abertas.

Não adianta limitar as catracas de entrada ſe os trens atraſam; fizeram ißo hoje em Jurubatuba e piorou, porque um trem ſaiu relativamente vazio enquanto a fila eſtava grande, e o ſeguinte, atraſado, ſuperlotou.

Pura incompetência eſtatal. ¡Acorda, Serra! Nem que tenham de deſlocar vagões de outras linhas, colocar compoſições velhas de volta em circulação ou fazer licitações emergenciais. Não dá para eſperar a programação atual da CPTM, ¡que prevê melhorias apenas para 2009!

Aquecimento global… ¡ſe o pauliſtano é praticamente obrigado a andar de carro! Quem ſabe ¿os EUA poderiam ſe redimir da rejeição ao protocolo de Kyoto financiando noßo metrô? Se bem que a prioridade deve ſer a energia de carvão chinês…

Só ſaindo de São Paulo dos Campos de Piratininga.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Códigos de língua e território para o galego

Exiſte muita confuſão e deſinformação ſobre a codificação das variantes do galego na Informática. A única regra reconhecida é gl para língua e gl_ES para a variante oficial da Espanha; e há quem proponha pt_GL, gl_GZ ou pt_GZ para a variante portuguesa.

O problema é que a segunda parte do código de dialeto não designa a variante em si, mas o território onde é falada; e não existem os territórios GL ou GZ. Exiſte, sim, gl_ES e gl_PT; mas meſmo ißo é controverſo, viſto que galego e português ſão dois dialetos da meſma língua, em pé de igualdade com o português do Braſil. Talvez a ſolução mais correta foße pt_ES para o galego como eſcrito na Galícia eſpanhola, mas ißo deixaria o galego como eſcrito em Portugal ſem um código fácil, exigindo algo como pt_PT@gl.

Ißo torna o galaico‐português uma língua sui generis, com quatro codificações para três principais dialetos diferentes: gl_ES, gl_PT, pt_BR, pt_PT.