domingo, 7 de abril de 2024

Velha, mas atual

Um gringo perguntou:

— Como vão as coisas no Brasil?

— Não posso reclamar de nada. E ai de quem…!

sábado, 16 de março de 2024

Fernão Lara Mesquita: farsa das ‘minutas do golpe’ revelada por Xandão

quinta-feira, 15 de julho de 2021

Os gringos

Michel Sardou, ’67 « Les ricains »:

Si les Ricains n'étaient pas là
Vous seriez tous en Germanie
À parler de je ne sais quoi,
À saluer je ne sais qui.

Bien sûr les années ont passé.
Les fusils ont changé de mains.
Est-ce une raison pour oublier
Qu'un jour on en a eu besoin ?

Un gars venu de Géorgie
Qui se foutait pas mal de toi
Est v'nu mourir en Normandie,
Un matin où tu n'y étais pas.


Em tupiniquim:

Se os gringos lá não estivessem
Estaríeis todos na Germânia
A falar não sei do quê,
A saudar não sei quem.

Claro, os anos paßaram,
Os fuzis mudaram de mãos,
Será uma razão para esquecer
De que um dia precisámos?

Um rapaz vindo da Geórgia
Que não estava nem aí para ti
Veio morrer na Normandia
Numa manhã onde não estavas.


Dizem que o senhor presidente da França estrilou, e aí Jacques Revaux compôs para Sardou « Monsieur le président de France », ’69:

Monsieur le Président de France,
Je vous écris du Michigan
Pour vous dire qu'à côté d'Avranches
Mon père est mort il y a vingt ans,
Mon père est mort il y a vingt ans.
Je n'étais alors qu'un enfant,
Mais j'étais fier de raconter
Qu'il était mort en combattant,
Qu'il était mort à vos côtés.

Monsieur le Président de France,
Je vous écris du Michigan
Au nom d'un homme qui pour Avranches
N'a traversé qu'un océan,
N'a traversé qu'un océan.
Dites à ceux qui ont oublié,
À ceux qui brûlent mon drapeau,
Qu'en souvenir de ces années,
Ce sont les derniers des salauds.

Monsieur le Président de France,
Je vous écris du Michigan
Pour vous dire que tout près d'Avranches
Une croix blanche porte mon nom.
Rappelez-le de temps en temps.

Merci.


Senhor presidente de França
Escrevo-vos de Michigan
Para dizer-vos que ao lado de Abranches
Meu pai morreu há vinte anos,
Meu pai morreu há vinte anos.
Eu era apenas uma criança
Mas tinha orgulho de contar
Que morreu combatendo,
Que morreu a vosso lado.

Senhor presidente da França,
Escrevo-vos de Michigan
No nome de um homem que, por Abranches,
Não atravessou apenas um oceano,
Não atravessou apenas um oceano.
Dizei aos que esqueceram,
Aos que queimam minha bandeira,
Que em lembrança daqueles anos,
Que são os últimos dos bastardos.

Senhor presidente da França,
Escrevo-vos de Michigan
Para dizer-vos que bem perto de Abranches
Uma cruz branca porta meu sobrenome.
Lembrai-lhes de tempos em tempos.

Obrigado.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Batiſmo na igreja primitiva e ſua derivação

Duma discussão de Rosto livro:


[…T]emos muito pouca informação sobre a prática da igreja
primitiva, por óbvio que, perseguida e bem menos institucionalizada que
hoje, não pôde deixar tantos registros quanto nossa curiosidade
histórica desejaria. Mas há alguns elementos básicos, embora nenhum
seja conclusivo em si mesmo:


  • Antecedentes: o mais provável antecedente histórico para o batismo de
    João são as abluções de purificação do Velho testamento que o
    judaísmo intertestamentário aplicou especialmente à conversão; João
    batizar judeus teria então um signifcado coerente com o que o Novo
    testamento explicita, de símbolo externo duma mudança interna;
  • Forma: tanto as abluções acima referidas quanto os testemunhos
    históricos e arqueológicas (relatos, identidade entre piscinas
    batismais das sinagogas e primeiros templos cristãos) indicam imersão
    total ou quase, geralmente com o sujeito nu (no caso de mulheres, o
    rabino ou pastor ficava de costas, e outras mulheres, inclusive
    diaconisas, ajudavam). Os gregos, russos e afins (‘ortodoxos’,
    inconodúlios, que olham para Constantinopla) ainda praticam a
    imersão, ainda que de infantes;
  • Origem da deriva: logo os pais apostólicos, ou seja, os que
    conheceram os apóstolos e os sucederam em fins do século I e começo
    do II, já apresentam uma derivação para o legalismo em seus escritos,
    confirmada pelas liturgias para o batismo cada vez mais legalistas,
    incluindo jejum e exorcismo, o que obviamente não se podia aplicar a
    bebês;
  • Teologia: já no tempo de Tertuliano, fica claro que a teologia do
    batismo se tornara, digamos ‘materialista’ ou ex opere operato, no
    caso como um ritual eficaz para a lavagem do pecado original, o que
    hoje conhecemos como a heresia da regeneração batismal.
    Ironicamente, Tertuliano (III século) não combate o erro, mas o
    pressupõe e apenas alerta que o batismo infantil representava um
    risco para o batizado, que teria muita oportunidade de pecar pecados
    capitais até que a obra de santificação o protegesse do risco da
    apostasia. Ele parece indicar que essa prática era, então, uma
    novidade;
  • Contexto neotestamentário: Paulo faz uma analogia entre batismo e
    circuncisão, mas em momento algum coloca aquele como sucessor deste;
    pelo contrário, ele parece validar a continuidade da circuncisão
    entre os judeus cristãos, enquanto a combate para os gentios (que
    então tornar-se-iam judeus e obrigar-se-iam à lei judaica) e diz que
    todos, cristãos judeus e gentios, são um pelo batismo;
  • Argumento pelo silêncio: o fato de não haver menção clara a batismo
    infantil até o III século não prova nada tomado isoladamente, mas
    combinado a praticamente todas as menções neotestamentárias
    envolverem o ato de crer, e aos elementos acima, é historicamente
    significativo.
  • Coerência histórica: essa deriva não é estranha nem única. Harvard é
    de 1638, congregacional, mas no começo do XVIII já começou a sucumbir
    ao liberalismo e, no começo do XIX, ao unitarianismo. Das igrejas
    puritanas de Boston, na virada XVIII–XIX só uma permanecia
    trinitariana. E isso é só um exemplo entre tantos, haja visto o que
    mencionei sobre o legalismo dos pais apostólicos (I–II), o ritualismo
    em torno do batismo (III–IV) e a idéia de regeneração batismal
    (atestada no começo do III, provavelmente corrente já no II).
  • Multiplicidade de explicações teológicas: a teologia da aliança, como
    a conhecemos, embora tenha vários antecedentes nos pais e doutores,
    só aparece com Zuínglio respondendo aos anabatistas, que junto com
    Carlstadt levaram a lógica de Lutero e do próprio Zuínglio às últimas
    conseqüências. O livro _The fatal flaw of the theology of infant
    baptism_, de JOHNSON, Jeffrey (2010, Free grace press,
    https://jeff-johnson-byf2.squarespace.com/fatal-flaw), apesar do
    título polêmico, é razoavelmente irênico e, já no começo que está
    disponível como amostra no Kindle, levanta as várias explicações
    teológicas das várias tradições tanto dos vários ‘catolicismos’
    quanto das várias linhas da reforma magisterial. Essa é outra forma
    do argumento do silêncio, e creio que mais fraca que a anterior.

Um resumo um pouco tosco mas que vale pelas informações e referências é
o da Wikipédia inglesa.


Mas concordo que não é bom polemizar. Espero, sob melhor juízo, ter informado e não polemizado.

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Da falsamente aßim chamada arte

O título engana. Meu aßunto não é arte, mas artistas. Falsamente aßim chamados.

Foße eu exemplar, minha maior tristeza imediata seria a danação dos artistas inconversos. Mas sendo pecador, minha tristeza instantânea é sua superficialidade.

Sou dum tempo em que esquerdista que se prezaße lia. Já eram leituras ridículas — Marx, como qualquer não Reformado ao menos num sentido amplo em que incluo até Tomás de Aquino, CS Lewis e Ellul, não se pode levar completamente a sério — mas ao menos eram ideológicas, não sob-ideológicas como a atual frente ampla esquerdismo–gênero–academia–artesanato-de-segunda–ecoßentimentalismo.

Um artista que se prezaße até os anos oitenta ao menos teria ouvido falar, digamos, no Ellul de Les Nouveaux poßédés e no Raymond Aron de Lá Société ouverte & ses ennemis (sim, o Brasil era ainda algo francês) — obviamente nada mais substancial ou cristão como Lewis, Dooyewerd ou Schaeffer — e teria prontas respostas falsas, mas ao menos respostas, a seus principais argumentos. Hoje, alijaram-se da Grande tradição cristã, serrando seu próprio galho. Rumam à danação do mesmo modo se a Graça soberana não se dignar alcançá-los, mas fazem-no de modo inda mais ridículo.

domingo, 21 de maio de 2017

Discussão num grupo de Facebook

Resposta a um crente que questionou se eu achava que precisava concordar comigo para ser salvo, ou se precisava usar uma determinada versão bíblica, ou algo assim. Infelizmente perdi a referência, o grupo foi arquivado e não acho mais a pergunta exata.

Claro que não. A Escritura e o Espírito, aplicando a Escritura ao coração (e mente) dos eleitos, é suficiente.

O que acontece é que nenhuma linha teológica é dona da verdade. Somos salvos pela graça; se fôssemos salvos por aderirmos à doutrina perfeita, estaríamos danados.

E, em Sua soberania, muitas vezes Deus aponta irmãos de quem discordamos, e até incrédulos, para nos ensinarem algo.

Você pode até discordar, mas faça-o com respeito. Ultimamente os moderadores temos tido de fechar algumas discussões infrutíferas, e até excluir alguns irmãos, não porque discordemos mas porque temos de preservar a paz no grupo.

Agora, qual o problema com Flávio Josefo? Ninguém vai dizer sequer que ele fosse cristão (um ou outro trecho onde ele parece cristão são mais provavelmente adições polemizadoras posteriores), muito menos que tudo o que ele escreveu fosse correto. E ele é importante para a história, não para a doutrina. Se formos excluir de nossas leituras nada que não seja cristão e calvinista, seremos bem ignorantes.

Eu peço também que você se informe melhor. Me corrija se eu estiver errado, mas me parece que você está confundindo alta crítica com crítica textual. A alta crítica todos aqui, em princípio, rejeitam, ou ao menos seu uso para tentar diminuir a autoridade das Escrituras; já crítica textual, quem diz que não faz ou é ignorante ou desonesto. Uma vez que não temos os autógrafos, é impossível publicar uma Bíblia sem comparar manuscritos, até porque não há dois manuscritos iguais, e nenhum que não tenha óbvios erros de copistas. Mesmo o Textus receptus teve múltiplas edições, cada uma corrigindo erros das anteriores baseando-se em mais manuscritos ou melhor entendimento dos manuscritos antes já disponíveis: isso é o que se chama de crítica textual.

Você pode até preferir o texto bizantino, ou o majoritário, ou o recebido, mas não tem como escapar da crítica textual.

Outro ponto onde você parece não saber do que fala é ao mencionar crítica contextual histórica gramatical. Contextualização, história e gramática são obviamente fundamentais tanto para a crítica textual quanto, principalmente, para primeiro tradução e depois exegese. Aliás, o método histórico-gramatical é o principal método exegético desde a Reforma; a recente ênfase em contextualização é apenas uma ênfase maior no aspecto histórico, até para esclarecer coisas que a gramática sozinha não dá conta.

terça-feira, 9 de maio de 2017

Versões da Bíblia em português do Brasil

A XXI (Almeida século 21, da Vida Nova) foi feita basicamente pela mesma equipe da NVI, inclusive sob a liderança do Saião. Quanto aos textos usados, idem: como na NVI, eles usam a base crítica mas, diferentemente da NIV, preservam os acréscimos posteriores presentes nos manuscritos tardios que fundamentaram o Textus receptus. Essa é uma razão pela qual as críticas da Trinitariana e vários outros adeptos do texto bizantino são desonestas.

Quanto à linguagem, a XXI começou como um projeto modesto para eliminar os arcaísmos restantes na Revisada (equivalentes aos da Atualizada, mas incorrendo em menos interpretações que esta), mas acabou se percebendo que o que mais prejudicava a compreensão da Almeida não era vocabulário, mas as ordens de frase atípicas do português por importação direta do grego, hebraico e aramaico, mais influência latina. Assim, colocaram-se as frases em ordem direta, o que reproduz mais fielmente o nível de linguagem dos originais. Assim, temos a precisão da linguagem castiça da Almeida (uso de todos os tempos e pessoas verbais, por exemplo, em vez de se limitar ao coloquialismo brasileiro da NVI), sem arcaísmos, helenismos e hebraísmos.

Em relação à Atualizada, além de usar a ordem natural portuguesa, ela preserva a prosódia brasileira, talvez exageradamente ao conformar-se ao proclítico, eliminando muitas ênclises e mesóclises em favor de construções mais longas — por exemplo, ‘vou te atacar’ em vez de ‘ferir-te-ei’ — o uso do verbo atacar em lugar de ferir é louvável, por reproduzir melhor o significado do original, mas o ‘eu vou te‘ em vez da mesóclise talvez seja coloquial demais; o uso de um proclítico com o verbo flexionado no futuro, apesar de mais incorreto gramaticalmente, fosse mais elegante: ‘te atacarei’.

Em relação à NVI a XXI, além de preservar o nível de linguagem da Almeida, é um trabalho em curso, sofrendo as revisões necessárias pela crítica da igreja, enquanto a NVI ficou estagnada porque a Zondervan estancou com o encalhe da primeira edição, que ficara conhecida como ‘a Bíblia do Caio Fábio’. A desvantagem é que reverteu aos versículos, enquanto a NVI já adotara os parágrafos.

NVI, NVT e a nova Atualizada não são português, mas ‘crentês’: contrariamente ao uso universal da segunda pessoa do singular como forma íntima de tratamento (‘tu’ em português e francês, Du em alemão, thou em inglês), essas versões macaqueam o uso ‘crente’ do ‘tu’ nas orações a Deus, este calcado na familiaridade com a Revista e Corrigida, e usam o respeitoso ‘você’ em geral, reservando o ‘tu’ para dirigir-se a Deus. Uma Bíblia só para crentes velhos, não para o povo, e que preserva a incapacidade dos crentes (e até dos pregadores!) atuais de usarem com domínio o registro de linguagem que almejam.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Os Salmos para Cantar: O Livro dos Salmos para ser Cantado

Recebi anteontem meu exemplar, capa dura. Infelizmente não sou bom nem de poesia, nem de hebraico, nem de melodia, portanto não posso criticar o mais importante.



Já cadastrei no Goodreads, com o nome do autor como ficará para a posteridade, na grafia padrão portuguesa segundo o formulário ortográfico de 1 943, ainda em vigor: Jônatas. Não tem ISBN, o número que identifica os livros para o comércio e também em bases de dados como o Goodreads e outras. É impresso e encadernado sob demanda pela rede de gráficas de conveniência Alpha Graphics, sob o nome de AGbook, também conhecido como Clube do autor. A edição é bem cara, com o frete saiu quase R$ 120. Pode-se encomendar mais barato em capa mole.



O trabalho de diagramação, impressão e encadernação não está no nível do saudoso Cantor Cristão, mas até aí nem o Hinário presbiteriano está. É o que se pode esperar no Brasil de hoje, inda mais de um esforço individual. Como o autor não respondeu ainda minha solicitação de contato pelo Facebook, não posso oferecer meus préstimos para melhorar ao menos a diagramação.



Tem a melodia e a primeira estrofe geralmente nas páginas da esquerda (pares), com o resto das estrofes nas páginas da direita, sem a pauta musical. Prefiro o formato do Cantor cristão e do hinário presbiteriano, com todas as estrofes dentro da pauta musical; mas, como alguns salmos têm muitas estrofes, talvez isso não fosse prático.



O trabalho é integralmente individual: Jônatas Rosa Frate faz questão de dizer, no verso da página de rosto, que idealizou, traduziu, adaptou, revisou, diagramou e editou a obra. Uma decisão curiosa para uma obra tão difícil e importante, talvez no interesse da expediência. Espero que o autor a reveja e aceite colaboradores proximamente.



Baseou-se no códice de Alepo, o que me parece uma decisão questionável. Como ele mesmo nota, o hebraico permite freqüentemente várias leituras e, portanto, traduções, o que torna imprescindível a uma boa tradução o recurso a outros manuscritos, preferencialmente mediado por uma boa edição crítica (não confundir com alta crítica). Não sei porque ele escolheu o códice de Alepo em vez de uma edição crítica ou do texto massorético, que é a base das atuais edições críticas.



O papel é comum, não o papel da Índia (papel-Bíblia) do Cantor cristão. A encadernação, apesar de ser capa dura, dá impressão de ser medíocre; a ver a durabilidade, importante para uso congregacional. Fazem falta números de página, ao menos no Prefácio.



A capa foi diagramada ingenuamente, com o título grafado em três tipos diferentes de três famílias diferentes, cada uma numa linha: ‘O livro dos’ em uma fonte serifada itálica pequena, ‘Salmos’ em itálico sem serifa grande, e ‘Para ser Cantado’ em uma fonte fantasista (semicursiva) pequena, em duas cores diferentes (as duas primeiras ocre, a última branca) sobre fundo preto. Isso não dá boa impressão.



A diagramação é pobre: o prefácio não foi hifenizado mas foi justificado, levando a linhas feias, com palavras espaçadas demais. O uso de pontuação e tipografia (por exemplo, os pontos finais e os itálicos no primeiro parágrafo) é idiossincrático; o uso de maiúsculas para os títulos, tanto da obra quanto divinos, assim como no texto da folha de rosto e seu verso é exagerado e viola a gramática portuguesa, sendo exagerado até para o padrão anglossaxão; os nomes divinos estão em caixa alta, o que é feito, em vez do versalete que os valorizaria melhor e tornaria a leitura mais agradável e fluida.



A influência anglossaxã também é patente no uso exagerado de artigos no texto do Prefácio; a verificar se isso também não prejudicou o texto significativamente; isso parece ser o caso no final da primeira linha do salmo 145, onde ele escolheu dizer ‘Senhor, meu Deus, o rei’ em vez de ‘Senhor, meu Deus e rei’. Como trata-se de uma tradução de uma porção significativa das Escrituras sagradas, seria útil ter uma edição anotada pelo tradutor, explicando e justificando suas escolhas textuais, de tradução e de estilo.



Cada salmo começa por uma capitular exagerada e por vezes centrada na linha, por vezes superior, o que é inconsistente visualmente.



Não há a tradicional indicação de métrica, nome e autor de melodia em cada salmo, nem os tradicionais índices de métricas, nomes e autores de melodia; entretanto, há no final uma lista de ‘Procedência das melodias dos salmos’, declinando para cada salmo origem ou nome da melodia, lugar de origem e autor e ano da melodia e do arranjo, embora nem todos os salmos tenham todas essas informações; freqüentemente omitem-se datas e locais de arranjo. Alguns títulos alemães foram traduzidos em inglês em vez de português, o que é injustificável.



Todos os direitos de cópia foram reservados, o que não anima muito quanto à possibilidade de evolução da obra. Espero que o autor a libere, não necessariamente em domínio público mas ao menos sob um esquerdo de cópia, como por exemplo a Creative commons que exige atribuição e permite uso comercial.



Entretanto, a obra tem um grande mérito: existir. Que eu saiba, é o único saltério jamais produzido em português, pelo menos em português do Brasil. Certamente é o único prontamente disponível. Se não se acharem erros musicais, de tradução ou teológicos mais graves, consigo imaginar que seja amplamente adotado, e não apenas por adeptos da salmodia exclusiva, que aliás considero equivocada — me parece que a Bíblia mesmo contradiz isso ao reproduzir outros cânticos além dos Salmos (cânticos de Moisés, Míriam, Maria, até Paulo), que então ou garantem a possibilidade de a igreja criar novos poemas, ou exigiria que essas poesias também fossem musicadas e incluídas nos livros de cânticos da igreja. O autor tem a sabedoria de não defender a salmodia exclusiva, que tenderia a limitar o alcance da obra.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Leituras MMXIV

O preſbítero Felipe Sabino d’Araújo me pede a liſta dos dez melhores livros que li em MMXIV. Talvez ele eſteja entusiaſmado demais pelo tamanho da minha liſta no Goodreads, que chegou a mais de duzentos livros, mas talvez ele ſe decepcione — muitos deßes livros ſão quadrinhos, que os japoneſes coſtumam editar em pequenos volumes, perfazendo aßim a maioria dos volumes lidos no último ano. Nem tudo eſtá perdido, entretanto: há alguns mangās que ſão bem obras de arte, embora eu tenha de confeßar que os li mais para deſopilar o fígado, meſmo, como diz minha família.


Não goſto muito de claßificar as coiſas em ordem de melhor ou pior, até porque ſempre digo que não há melhor ou pior geralmente; qualquer coiſa que paße do trivial terá aſpectos melhores e piores, o que pode torná‐la melhor que outras para alguns fins, e piores para outros fins, ou para diferentes peßoas ou públicos. Mas, ſe penſar na variedade do que Deus me concedeu ler eſte ano paßado, dá para eſcolher algumas coiſas a comentar.


Antes de falar de títulos eſpecíficos, vale notar que em 2 014 houve alguns grupos de livros que me prenderam. Primeiro foi Hiſtória da Igreja, principalmente Reformada, por cauſa das aulas de eſcola dominical. Nem tanto quanto goſtaria, porque no ſegundo ſemeſtre acabou o eſpaço, o dinheiro e a energia, mas de qualquer maneira foi intereßante. Também li um bocado de Pelham Grenville Wodehouſe, publicado pelo Projeto Gutenberg. Muito mangā, incluſive o cláßico abſoluto Tezuka Oſamu — cláßico para o mundo; para mim, ainda não encontrei algo dele que realmente me agradaße por completo. E, principalmente, eſtou no meio de ler o catálogo do caro Jean‐Marc Berþoud, noßo preſbítero informal da ſaudoſa Égliſe réformée baptiſte de Lauſanne; tanto obras dele como que ele editou, do pr Pierre Courþial e de Eric Kayayan.


Uma nota um pouco fora do tema foi voltar a ver deſenhos animados japoneſes, do eſtúdio Ghibli. Le vent ſe lève (ſim, o título ſe refere a um verſo francês de Paul Valéry), La colline aux coquelicots (ainda ſem título em português), mas o que mais me impreßionou, talvez o filme mais belo que já tenha viſto, foi Kaguya‐hime no monogatari (idem, mas aqui o japonês já é mais conhecido dos afficcionados por mangā & animē. Cinema não é literatura, mas bem que poderia ſer… Kaguya‐hime é muito bem contada, uſando vários eſtilos conforme a hiſtória pede, e um deleite viſual. Comovente.



Hors concours, não poderia deixar de citar a tradução da Bíblia por Louis Segond, verſão de 1 888. Um deleite, e ſem aquelas freſcuras de « ſacrificateur » em vez de « prêtre » que a verſão de 1 910 impingiu ao mundo proteſtante francês.


A liſta poderia continuar ainda. Mas paro por aqui ou não terei nem poßibilidade de atingir minha meta para MMXV. Baſta a cada ano ſeu mal. O que não ſei ſe conſeguirei, até por falta de pachorra, é ir atrás dos vários livros braſileiros indicados pelo Rodrigo Gurgel em ſeus Muita retórica – pouca literatura: De Alencar a Graça Aranha e Eſquecidos & ſupereſtimados.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

O que está errado com o mundo — perspectiva humanista

Aproveitando o pretexto de um comentário em lista de discussão para responder a uma pergunta antiga dum amigo.

Nada a ver com maltusianismo. Mas fico impressionado como alguém acredita em despopulação...

Alguns fatos:

1. Todas as previsões de crescimento populacional têm sido superestimadas no último meio século. De memória, no Brasil, pelo menos nos últimos trinta anos. As poucas exceções de que sei são pequenas surpresas como recuperações insuficientes nas tendências negativas da Rússia, recentemente, e quando da diminuição da semana de trabalho na França há uma década. Nada que altere a atual transição demográfica.

2. A atual crise econômica no Primeiro mundo é principalmente demográfica: sem perspectiva de manutenção dos níveis demográficos, há pouca perspectiva de crescimento econômica, e portanto pouco incentivo para investimentos. Claro, sem diminuir o peso do endividamento da Europa latina, mas mesmo esse endividamento não seria tão grave se houvesse perspectiva de crescimento demográfico e, portanto, econômico. Embora a crise tenha sido catalisada pelo estouro da bolha imobiliária, a própria gravidade do estouro da bolha deveu‐se em grande parte ao fato de que não há perspectivas para o mercado imobiliário quando se controlam as fronteiras num contexto de deficiência de nascimentos.

3. Depois da referida crise, o único país do Primeiro mundo que tem perspectiva de crescimento demográfico e, portanto, econômico, é Israel. Que, irrelevante populacionalmente, ameaçado constantemente de destruição por vizinhos que perigam obter armas de destruição de massa, professando uma religião que se recusa a proseilitizar e sendo demonizado por um consenso hegemônico cultural e dos meios de comunicação de massa, não pode oferecer nenhuma contratendência no mundo.

4. O Brasil está abaixo da taxa de reposição populacional há cerca de duas décadas. Nossa população economicamente ativa atualmente se sustenta apenas com base na imigração, e pode começar a baixar a qualquer momento.  Salvo um grande aumento da imigração, e mantendo‐se a tendência atual, nossa população começa a cair no máximo em 2 030.

5. Com honrosas exceções parciais como os países germânicos da Europa e os tigres do Extremo Oriente (Japão, Coréia do Sul, Cingapura, Formosa…), o Brasil e o mundo estão despreparados para o chamado ‘decrescimento’ — que, no Brasil, mal passa dum grupo no Facebook… Despreparados tanto na condução geral da política econômica (poupança irrisória ou negativa, descalabro educacional, gastos sem investimentos efetivos &c) quanto na bomba relógio das aposentadorias e dos sistemas de saúde, que já deveriam estar em transição há tempos do sistema de caixa para o de poupança.

6. Toda a tendência cultural ora em curso parece piorar a situação, enfatizando hedonismo (consumismo, drogas, celebridades e ‘cultura’ pop, ‘direitos’ (sem deveres correſpondentes) e autoßatisfação) em vez de frugalidade e cultura, e individualismo em vez de família e filhos, deveres e altruísmo. Até o altruísmo hodierno é, por assim dizer, de butique; nossa esquerda, dogmática em vez de pensante, da variedade ‘caviar’ ou festiva em vez de coletivista — mais para Estado e hegemonia que para kibutzim e comunas —; e nossas famílias, centradas no passado (paixão) em vez de no futuro (filhos).

É por isso que creio caminharmos a passos largos para uma nova Idade média, no sentido de Era das trevas. Embora por um lado talvez aquela era não tenha sido tão ruim, não tendo sido um fenômeno global e não tendo tido meios de destruição tão baratos, massivos e eficazes; e por outro minha bola de cristal seja, obviamente, permanentemente
embaçada…

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Torre de Babel, um texto político: impérios & localiſmo

Fico impreßionado com a paucidade de opiniões políticas biblicamente fundamentadas. Geralmente se reſumem a deſcobrir ſe eſta ou aquela nação é mais ou menos criſtã, meſmo entre proteſtantes que deviam ſaber que Seu reino não é deſte mundo — o que trai a inegável permanência do criſtopaganiſmo normalmente aßociado ao medievaliſmo, mas permanecendo em corações & mentes por ſer ſimpleſmente a teologia do homem natural, não redimido, influenciada pela ſuperſtição.

Mas o que ſeria então a política criſtã? Difícil dizer. No ſentido mais amplo, ſimpleſmente a aplicação da vida criſtã na eſfera política. Ißo pode ir deſde um ſimples poſicionamento teſtemunhal e profético, ſem maiores pretenſões, até o dominioniſmo (que rejeito), paßando entre outras poßibilidades por alguma forma de ‘democracia criſtã’ (organização partidária criſtã).


Entretanto, creio que há textos bíblicos que nos mostram um pouco de como ſeria uma política do reino divinal, ſupondo que o Reino ſe eſtabeleceße neſte mundo com algum grau de autonomia humana; onde o homem não foße pecaminosa e falſamente autônomo como hoje, quando na verdade é eſcravo do pecado, nem a πόλις foße uma teocracia direta com Javé nos microgereciando, mas onde tivéßemos de decidir com baſe em Seus princípios, ſabendo‐nos ainda pecadores. O que ſeria outra maneira de dizer uma política criſtã para um mundo caído, e portanto com algum grau de aplicabilidade inda hoje, meſmo que apenas como um ideal inatingível, mas neceßário para nortear o penſamento & a ação.


Provavelmente o que eſcrevo não é novidade alguma — mas ainda não achei referências de quem tenha interpretado como eu. Certo de que houve quem o fizeße, publico na eſperança de que ou me moſtrem onde errei, ou de que me apontem quem me precedeu.


O mais antigo texto político de noßa civilização que continua relevante me parece ſer Gêneſis (Gn) i:28, quando Deus diz a Adão & Eva: Frutificai, multiplicai‐vos, enchei a Terra… (tradução brasileira de 1917, ortografia atualizada). E, em Gn (Gêneſis) ix:1, Deus renova a ordem a Noé, ſeus filhos & noras: Frutificai, multiplicai‐vos & enchei a Terra.; e novamente no verſículo (v) 7: …frutificai, e multiplicai‐vos; povoai abundantemente a Terra


Tomados em ſeu ſignificado mais imediato, parece ſimpleſmente a ordem para a fertilidade humana, hoje deplorada ao menos pelos liberais na forma do movimento da aljava cheia (quiverfull). Mas, embora eu creia que eßes textos de facto preſcrevam o controle de natalidade voluntário dentro do caſamento, eße é aßunto para outra ocaſião: o que quero expor é como entendo que o primeiro mandamento (frutificai é o primeiro mandamento da Bíblia, antes do primeiro mandamento dos dez de Êxodo xx), também conhecido como o mandato cultural, ſe aplicaria à ordem política num mundo que foße criſtão, ao menos culturalmente.


Creio que a implicação política do mandato cultural aparece na história da torre de Babel, em Gn xi: não sejamos eſpalhados sobre a face de toda a Terra. …Diße Javé: Eis que o povo é um ſó, e todos têem uma ſó língua. Iſto é o que começam a fazer: agora nada lhes ſerá vedado de quanto intentam fazer. Vinde, deſçamos e confundamos ſua língua, para que não entendam a língua um do outro. Aßim Javé os espalhou dali ſobre a face de toda a Terra


Me parece que eße texto proſcreve qualquer tentativa de criar grandes unidades políticas, englobando mais do que uma nação. Obviamente a definição não é preciſa, porque temos dificuldade de eſtabelecer o que é língua, o que é dialeto, o que é falar ou ſotaque. Mas obviamente eſtados multinacionais como Rúßia, Braſil, China, Índia, Eſtados Unidos eſtariam proſcritos e teriam de ſe fragmentar em ſuas partes conſtituintes, aßim como potências hoje conſideradas menores como o Reino Unido da Grã‐Bretanha, como a França ou a Eſpanha, para não falar da maior parte dos paíſes africanos e aſiáticos.


O valor prático imediato deßa idéia creio ſer nulo. Entretanto, poderia ſer uma ferramenta que nos ajude a julgar o mundo, evitando a ſacralização de qualquer ordem política, viſto que todas foram geradas em pecado e eſtão condenadas à deſtruição no grande dia de Javé… e podemos imaginar um pouco como ſeria: um mundo ſem grandes eſtados, onde cada eſtado ſeria pouco mais ou menos como um cantão ſuíço ou o eſtado de Iſrael, relativamente homogêneo lingüiſticamente, com alianças temporárias para defeſa contra eventuais bolidores e liberdade de movimento de peßoas e de mercadorias. Ninguém ſeria o gen d’arme do mundo, ninguém poderia jogar a culpa de ſeus infortúnios nalgum império.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Minha programação de palestras do PgBr2011:

2011-11-3

9h30 Bruce Momjian, MVCC Unmasked
11h vmWare vPostgres
14h Eu!
15h Leonardo César, \dfS pg_*: Um passeio pelas funções administrativas do postgres
16h20 Greg(ory) Smiþ, Bottom-up Database Benchmarking

2011-11-4

9h Koichi Suzuki, PostgreSQL and Postgres-XC in NTT Group
10h30 Fernando Ike de Oliveira, Escalabilidade, As Modas e (No)SQL
10h30–12h30 Dickson S. Guedes, Estripando o Elefante - dividindo seus problemas em problemas menores
14h30 Euler Taveira de Oliveira, Tudo o que você queria saber sobre PostgreSQL mas tinha vergonha de perguntar
16h50 Flavio Henrique Araque Gurgel, Meu ambiente cresceu e eu não planejei. E agora?

domingo, 2 de outubro de 2011

The Complete History of Middle-earth, vol. 3

Tentando vender um livro bem especial no Mercado Livre (preferido) ou no Estante Virtual. Veremos no que dá.

Também anunciado nos claßificados do Craig.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Caſal com filhos

Eu não agüento,
Tu não agüentas,
Há quem dependa de nós,
¿Que faremos?

Devemos nos falar,
Preciſamos nos entender,
Mas, ſe falo, me’agrides,
Se calo, morro.

Morrer talvez ſeja bom
Mas há quem preciſe de mim,
Talvez tu.
Não conſigo,
Falho.

Aprender queria, ſim,
Mas ¿quem me pode enſinar
Sem me matar?
Amar,
Apeſar de mim.

Queria eſquecer o que ſofri
— Mas ſem ſofrer não há aprender —
Dormir, acordar, ſem mais lembrar
Deixar atrás,
Poder ſorrir para ti.

Volta, chora, mas fala
Não me ſufoca
Com teu calar.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

PgBr MMXI

Mais um ano, e volta a Conferência Braſileira de PoſtgreSQL, agora chamada PgBr, e não mais PgConBr. Além de economizar três caracteres (¡dã!), o novo nome evita coliſão com a Conferência global de PoſtgreSQL, realizada todo ano em Otava, Ontário, Canadá, no primeiro ſemeſtre.


Ainda não ſei ſe poderei ir. Eſte ano, apeſar de ſer realizada na capital de São Paulo dos Campos de Piratininga, SP, a conferência realizar‐ſe‐á durante a ſemana de trabalho, como ſe fôra planejada para uma cidade de funcionários públicos, como Braſília, DF. Eu meſmo, funcionário público, ſaio do eſperado e me acho aßoberbado de trabalho, o que me dificulta a ida. Ißo ainda poderia ſer negociado; o que realmente me atrapalha é juſtificar ir ſem paleſtrar, e tenho já mais de um ano afaſtado da área de dados, o que me gera falta de aßunto.


Não que não haja aßuntos intereßantes. Mas após duas experiências ſofridas de paleſtrar ſem preparação adequada (PgBr MMIX, ſobre expreßões comuns de tabelas e PgCon MMX, ſobre modelagem literária), além de meu preſtígio ter baixado baſtante na comunidade, reluto em achar que conſeguirei preparar e apreſentar algo que valha a pena, ainda mais que ainda eſtou ſem meu Debian GNU/Linux em caſa, ainda com os problemas do EFI da Apple — no trabalho, onde ainda é Bios, eſtou no conforto do Debian com GNU Emacs — ſaudades do Open Firmware


Idéias até tenho — por exemplo, ‘O Paquiderme univerſal’, ſobre como o PoſtgreSQL, ao rodar em todo tipo de plataforma, eſcalando do portátil ao grande porte, com todo tipo de linguagem e extenſão, atende a praticamente todas as demandas poßíveis e imagináveis de computação e geſtão de dados deſte lado do paraíſo relacional; ou ‘A Evolução paquidérmica: para o alto, e ¡avante!’, repaßando a liſta de afazeres do PoſtgreSQL, moſtrando como vamos melhorar, talvez colocando em perſpectiva tanto das noßas verſões mais recentes quanto do eſtado e melhorias mais recentes dos principais concorrentes; ou ‘O Elefante: ſua verdadeira forma, e diſfarces’, moſtrando as facilidades de migração de código, com ênfaſe dividida entre facilidades de compatibilidade com concorrentes e aplicação de padrões que facilitam a migração de e para o PoſtgreSQL. A queſtão é que, no momento, creio que há muito mais gente que poßa fazê-lo muito melhor do que eu.


Vejamos. No momento, não eſtou paßando bem. Talvez amanhã reſolva apreſentar algo, o prazo já ſe encerrará. Mas eu bem preferia que outros apreſentaßem eßes temas, e outros melhores ainda.


Se eu não puder ir, peço que alguém levante a diſcußão: regiſtremos os domínios Poſtgres, PoſtgreSQL e Postgres.org.br?

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Cartazes

Cartazes decorativos modernos e brasileiros, sorteando…

domingo, 8 de agosto de 2010

‘O que é ser católico?’

Dizer que, ‘se você olhar bem, vai encontrar pensadores progressistas dentro da igreja’, não é avaliar algo supostamente maior (igreja) por algo menor (uma ideologia)?

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Se pudesse viver sua vida novamente, que conselhos daria a si mesmo?

Confiar em Deus, já que todas as preocupações são em vão: Ele cuida dos que O amam.

Cuidar em primeiro lugar da minha família nuclear, não da estendida.

Arriscar mais ao escolher o curso superior, e ao tentar morar no Exterior.

Não ter preconceito contra entrar no serviço público.

Deixar a timidez de lado, sem temer tanto as reações das pessoas.

Aprender a ‘ler’ e entender as pessoas.

Qual foi a festa mais inesquecível, bacana ou louca de que participou?

Nunca fui festeiro… os marcos foram o jantar de fim de ginásio, quando dancei (mal, mas agarradinho) à meia luz uma música ‘lenta’ com a paixão (loira) platônica da época e, de pura timidez, não consegui nem olhar mais para ela o resto da noite; um ágape numa igreja nikkei onde conheci minha grande paixonite, chinesa, e a conquistei (por pouco tempo…) tirando do pulôver um cabelinho solto; e, finalmente, um churrasco de família (nipo-okinawa) de uma amiga, onde conheci a sobrinha estranha, de bermudas jeans e cabelo pintado de vermelho, por alguma razão (talvez cavalheirismo, talvez que a música estava ruim) fui ajudá-la a lavar seu Uno. Ela não tem mais o Uno, mas tem um marido e temos um lindo molequinho!

Esta resposta deve ser meio anticlimática para quem tem ‘experiência de vida’, como dizia o saudoso Paulo Francis…

domingo, 9 de maio de 2010

Comente Gandhi: ‘I like your Christ. I do not like your Christians.’

Your Christians are so unlike your Christ. The materialism of affluent Christian countries appears to contradict the claims of Jesus Christ

Touché.

O melhor livro que já li sobre isso foi _The Christ of the Indian Road_, de Stanley Jones.

Creio que, além de ter razão, Gandi não percebeu que esses países não eram, de fato, cristãos, porque somente pessoas, não países, podem ser cristãos. A confusão aparece porque muitos países se dizem cristãos, quando o correto seria dizer que são nações de forte influência e herança cristãs.

Na verdade, nesses países materialistas ditos cristãos, sempre houve cristãos que deram testemunho de espiritualidade, e mesmo pregadores que denunciaram o materialismo. Mas compreende-se a impressão de Gandi, que era dum país oprimido por outro, que se dizia cristão.

Isso dito, não se pode dizer que a obra de Gandi tenha sido um grande sucesso, com a miséria, a ignorância e a violência na Índia e no Paquistão. O que mostra que boas intenções são insuficientes, e que a Índia de Gandi teve tantas dificuldades em viver seus ideais quanto o Israel de Moisés, de Jesus ou até de Theodor Herzl, a Alemanha de Lutero, a França de Calvino, a Suíça de Zuínglio, a Inglaterra de Crammer, a Escócia de Knox.

Como você enxerga a tentativa de reforma na igreja católica apostólica romana, e o estopim do protestantismo. E a chamada contra-reforma católica?

No século XX, um padre disse que amava sua igreja, mesmo sabendo que ela não era católica (universal), nem apostólica (conforme os ensinos dos apóstolos), nem romana (mas romanista). Andei lendo Lutero: _Carta Aberta sobre a Tradução das Escrituras_, _Tratado sobre a Liberdade Cristã_, as _Noventa e Cinco Teses de Vitemburgo_, os _Artigos de Esmalcalda_. Apesar dum certo amargor, compreensível pelos rigores da época, surpreende ver como ele amava a igreja mesmo em sua institucionalização romanista, só desistindo quando ficava claro que ela se preocupava com suas estruturas de poder e não com Deus, o povo ou o evangelho.

O fato é que, em maior ou menor grau, várias igrejas — a inglesa, a escocesa, várias alemãs e francesas, as escandinavas, as checas, até, durante algum tempo, a húngara, a vienense, a russa e a polonesa, e mesmo algumas portuguesas — foram reformadas, e infelizmente as igrejas romanistas e orientais não quiseram a reforma e perseguiram os reformadores, tornando-se, assim, cismáticas.

A contra-reforma talvez tenha sido um caso de ‘muito pouco, tarde demais'. Implementou reformas importantes, mas não as essenciais; foi, no fundo, 'façamos a revolução antes que o povo a faça'. E, infelizmente, cada dia Roma vai mais longe em seus cismas, corrupções e heresias. Praticamente toda igreja está sujeita a cismas, corrupções e heresias: o problema é que o romanismo as institucionalizou, ao rejeitar as reformas essenciais.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Na sua posição de cristão, como intepreta o criacionismo conforme a Bíblia?

Há vários criacionismos, como o da Terra jovem, o da teoria da lacuna, a dos anos-era, o do evolucionismo teísta (ou criação pela evolução), o projeto inteligente…

Creio que a Bíblia não é um livro de Ciências, mas por outro lado é a Verdade; só não é necessário que essa Verdade seja circunstancial, porque ela é essencial, não literal. Portanto, não é necessário, para mim, que a seqüência dos dias seja exatamente aquela, ou que os dias tenham sido de vinte e quatro horas. O importante é que Deus criou o mundo, a vida, e o homem, e que Ele é justo e bom; como ele criou, ou em quanto tempo, não me é importante.

Isso dito, creio que há duas interpretações razoáveis: ou Deus criou tudo exatamente como estava lá, ou que Deus criou o mundo de através do big bang a evolução biológica. Neste último caso, os onze primeiros capítulos de Gênesis seriam verdadeiros num sentido essencial, não no sentido da ciência da História.

Isso dito, discordo frontalmente do evolucionismo, que é a tentativa de explicar o mundo pela evolução: a evolução biológica só pode explicar o homem destruindo o sentido do mundo, transformando-o no resultado do acaso, e isso é incoerente, porque foi o homem que imaginou (ou constatou) a evolução biológica.

terça-feira, 4 de maio de 2010

formspring.me

Pergunta-me.

O que você acha dos banco de dados NoSQL que estão na moda? Eles irão passar os bancos de dados SQL no uso?

Só moda mesmo, pré-relacional. Somente passarão os SGBDs SQL se (1) o SQL for superado pelo realmente relacional, (2) eles continuarem tendo novas idéias no nível físico antes que os SGBDs SQL ou relacionais as absorvam.

O negócio é que NoSQL é simplesmente a negação do SQL, sem entender a teoria lógica de dados relacional por trás do SQL. Nenhum deles tem nada comparável, e todas as técnicas físicas podem ser incorporados a SGBDRs.

Essa moda vem cada dois ou três anos, com nomes e aspectos diferentes. SGBDOOs, SGBDMVs, serializadores Java (Prevayler &c), até LDAP…

Qual o lugar no mundo mais bacana para: 1. namorar 2. trabalhar 3. curtir com a família

  1. Namorar: minha casa, de preferência com o menino dormindo ou na escola e a porta fechada.
  2. 23º andar do Anexo I da Câmara dos Deputados, Congresso Nacional. Mas, se for contar o histórico, projeto Telecentros do Governo Eletrônico da Prefeitura de São Paulo, junto com o Frederico Sousa da Câmara, o Luís Fernando Nogueira Capitulino, o Eduardo Costa Lisboa e o Lucas Santos. Fisicamente, o Centro de comércio mundial em Lausana, Vaud, Confederação Helvética.
  3. Nossa casa mesmo — ou o gramado da nossa igreja em São Paulo, entre o salão paroquial e a sala de brinquedos das crianças, no Campo Belo.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

If you could go on vacation for the next month with an unlimited budget, where would you go?

Lausanne, Vaud, Suiße.

Como vê o mercado brasileiro, como DBA de experiência internacional. Empresas que oferecem/compram serviços; qualidade dos centros de treinamento…

Dißeste tudo, é mercado, não é profißão. O mercado livre preßupõe conhecimento da parte de quem compra, o que está longe de ser o caso — haja vista o NoSQL, que é a última versão da recauchutagem quase que anual dos enganos pré-relacionais, e que no Brasil faz suceßo mesmo entre pessoas que deveriam saber mais. As que oferecem serviços também, são mais ligadas a um produto que ao conhecimento neceßário a prestar um serviço de qualidade mínima; os poucos bons profißionais são, geralmente, preteridos em favor dos que fazem pouca marola. Agora, treinamento… a palavra já diz tudo. Peßoas são formadas, educadas; animais é que são treinados. Se alguém é treinado, é atleta ou operário, não profißional liberal ou técnico.

Como se define religiosamente? E a visão criada pela sociedade de consumo/espetáculo do protestantismo? Os protestantes conhecem sua história?

Cristão, protestante, ortodoxo, localista… dá para ir enfileirando adjetivos para especificar melhor. Infelizmente, muitos cristãos, protestantes inclusive, o são apenas de nome, ou estão tão enfraquecidos que se conformam ao mundo, enquanto Jesus mesmo disse que Seu reino não é deste mundo. Infelizmente, a maior parte dos protestantes não conhece nem História nem sua própria história, e nem ainda a Bíblia… por ißo não fazem mais tanta diferença quanto faziam, digamos, até uns vinte anos atrás.

domingo, 29 de novembro de 2009

Procura-se

Procura‐ſe um programador que conheça Borland Delphi verſão 5, MS SQL Server e Oracle, para conduzir a migração dos sistemas de uma distribuidora multinacional estadunidense de equipamentos de Informática. Salário pode ser em torno de cinco mil reais, contratação efetiva pelas normas da Consolidação das leis do trabalho do Brasil.

sábado, 31 de outubro de 2009

Convite Google Wave

Tenho doze convites do Google Wave para diſtribuir — o que é engraçado, porque até hoje não o uſei de fato.

Prioridade para comunidades de que participo, como PoſtgreSQL, Debian, Projeto GNU, Gutenberg, Sociedade Bíblica Croßwire, fotografia Quatro Terços e Olympus Zuiko, OpenRAW &c.

sábado, 13 de junho de 2009

A loja mágica de brinquedos do ſenhor Saito

Hoje fomos conhecer a famoſa loja mágica de brinquedos do ſenhor Morio ‘Mário’ Saito. Não ſaímos incólumes: o Felipe ‘quebrou o cofrinho’ (metaforicamente) e levou dois conjuntos Lego Guerra nas Eſtrelas, levamos uma maletinha Playmobil e mais quatro caixas de Lego Creative Building para noßa igreja.

Embora haja lugares que dizem ter maior variedade de conjuntos Lego, os preços de Saito-ſan ſão incrivelmente mais baixos — diferenças de um terço ſão comuns, e, nas promoções, metade do preço das lojas brasileiras, loucura total! E lá tem catálogos de Lego deſde a década de 1.990, ſabem os brinquedos que já paßaram por lá antes, tem muito Playmobil, muita coiſa da Haſbro como os Mighty Mugs, & outros como Cocoricó & por aí vai.

O dono tem oitenta anos de idade, ſua eſpoſa ſetenta & ſete, & cuidam ſozinhos da loja há quarenta & ſete anos, aparentemente com o meſmo mobiliário de madeira dos anos ſeßenta, e com aquela concepção de comércio antiquada, mas tão prazeroſa: prateleiras abarrotadas, caixas empilhadas ſobre caixas, e Saito-ſan vai eſcavando as caixas para achar o que queremos…

O dia que tivermos dinheiro, e tendo em viſta a alta quantidade de informatas amantes de Lego, o povo do PoſtgreSQL podia fazer um elefante azul (noßo maſcote) de Lego… ſeria um ſuceßo nos eventos de ſiſtemas livres mundo afora!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Palestra no FISL marcada para sábado, dia vinte & sete

Foi marcada para das dezenove às vinte horas de sábado, dia vinte e sete deste mês de junho de AD 2009, minha palestra sobre ‘ferramentas de modelagem literária e documentação automática em PostgreSQL e outros SGBDs livres’.

Na tradição da comunidade, o título da palestra é uma brincadeira com nosso mascote: O elefante ilustrado, procurando trazer a idéia de diagramação, e, portanto, modelagem de dados através do conceito de ‘ilustração’ — o que, de certa maneira, é um pouco enganoso porque meu foco é a modelagem, não a diagramação, uma vez que creio que os diagramas devem ser gerados automaticamente.

Agora é preparar-me…

Chamada de trabalhos para a III Conferência PostgreSQL Brasil (2009)

Está aberta a chamada de trabalhos para a III Conferência PostgreSQL Braſil (2009), a PgConBR 2009.

Se tens algum trabalho a apreſentar sobre PostgreSQL — pesquisa acadêmica, estudo de caso, novo desenvolvimento &c — faça-o o quanto antes! As PgConBRs são muito interessantes, mas principalmente para quem palestra: quem palestra é procurado pelas pessoas para conversar, e muita coisa interessante vem daí.

domingo, 10 de maio de 2009

Fotos do I Dia PostgreSQL São Paulo (2009)

Depois de vários dias, doenças &c, começo a publicar as fotos tiradas por mim e por outros com câmera, luz estroboscópica e lentes curta e longa de minha esposa.

A maior parte foi obviamente tirada por mim, enquanto tentava desesperadamente não perder a atenção nas palestras em si. Juntando esse fato a minha conhecida inépcia, a falta de qualidade é responsabilidade do fotógrafo, não da câmera — como sempre.

Todas as fotos estão em formato JPEG, sendo que as primeiras tantas estão em qualidade média, por falha minha em reconfigurar a câmera após uma atualização de código embutido. Gostaria de fornecer à comunidade os arquivos originais ORF, mas não tenho um servidor onde os colocar.

A carga deve demorar ainda várias horas, portanto, pacientai-vos.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

I Dia PostgreSQL São Paulo (2009)

Dia vinte e quatro de abril, sexta-feira próxima, será o I Dia PostgreSQL de São Paulo (2009), SP, Brasil. Vou apresentar as ferramentas de documentação automática de modelos e bases de dados PostgreSQL, espero que de maneira mais objetiva que o que consegui fazer na II Conferência Brasileira de PostgreSQL (2008), em Campinas.

Como sempre nos eventos dessa comunidade, haverá alguns ótimos palestrantes, como o Euler e o Guedes; desta vez teremos também o próprio organizador do evento, o Rodrigo Marins, possivelmente o Leonardo César, e um DBA da Caixa Econômica Federal. Parece que será bem interessante.

Pretendo abordar programação literária em NoWeb (en passant), mas principalmente Auto Doc, assim como um pouco do SQL Fairy e do Schema Spy.

O evento é gratuito, portanto a única desculpa para não ir é ser uma sexta-feira de trabalho. É uma semana curta por causa do feriado do Descobrimento do Brasil na terça-feira, dia vinte e um, o que pode ajudar — deve ser uma semana lenta de trabalho — ou atrapalhar — algumas pessoas podem ser atropeladas justamente pela falta de tempo na semana para liqüidar alguma tarefa urgente e inadiável. O lugar é um pouco remoto, a Lapa de Baixo, perto da Marginal do rio Tietê; mas, numa semana curta, esperamos que o trânsito não esteja ruim.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Balanço geral da II Conferência PostgreSQL Brasil (2008)

Depois de vários meses, consigo um pouco de tranqüilidade para fazer um balanço geral da II PgConBR (2.008).

Em primeiro lugar, devo dizer que fiquei impressionado. A I PgConBR (2.007) deixara altas expectativas: segundo o David Fetter, fora uma primeira conferência melhor do que muitas segundas ou terceiras conferências ao redor do mundo; ele viera com altas expectativas, que foram superadas. E, aparentemente, essa sua avaliação não foi isolada. Dado que imaginava que podia ter sido sorte de iniciante, talvez fruto de um grande entusiasmo, mas passageiro; e que a comunidade tomou a temerária iniciativa de organizar tudo sem o apoio duma empresa especializada, eu temia que pudesse haver problemas graves.

Certo, houve problemas. Mas os ingentes esforços da comunidade — e creio que aqui não cometo injustiça alguma em singularizar os esforços do Fábio Telles Rodrigues, que literalmente machucado e assoberbado de preocupações peitou a organização e supriu vários buracos, além de palestrar — fizeram que esta II PgConBr (2008) fosse ainda melhor que a I, de 2007.

Infelizmente não aproveitei tanto. Ao contrário da última vez, assumi de vez o papel de fotógrafo do evento, e descobri como é que fotografia pode ser, além de diversão e arte, artesanato e profissão: dá muito trabalho. Talvez porque não saiba fotografar direito… mas, enfim, o caso é que fotografar me tomou muito tempo de conversas, contatos e palestras. Em 2.007, fiquei quieto sentado vendo as palestras e fotografando de lado, até por não ter uma lente longa nem um tripé; até passei vergonha não sabendo operar o tripé que o Telles me emprestou enquanto seu filme não chegava… já desta vez, estava com tripé, lente longa, disparador remoto por cabo, flash, enfim, todo o aparato… e nenhuma folga. Espero que o resultado tenha sido dalguma valia. Aliás, quando palestrei, o Telles ainda fotografou, e mesmo machucado o fez muito mais dinamicamente que eu — realmente ¡é uma força da natureza!

Enfim, ¿como foi a conferência? Do que peguei, e do que conversei com outros que aproveitaram mais, foi bem melhor ainda que a primeira. Desta vez não houve nenhuma palestra fora de lugar, nenhum constrangimento fosse técnico ou da comunidade. A impressão foi de que houve menos pessoas, provavelmente porque Campinas é mais fora de mão que São Paulo, embora seja muito mais confortável e barata para quem vem de fora; mas o nível técnico, me parece, melhorou. Os temas das palestras me deixaram de água na boca: replicação, georeferenciamento, escalabilidade, recursividade, monitoramento… sem contar as minhas próprias sobre comunidade (com o Euler) e modelagem. E nenhuma decepcionou. Houve vários segmentos da comunidade representados: ativistas, usuários empresariais & governamentais, acadêmicos; houve palestras conceituais, sobre tecnologia & aplicações; gente de várias partes do país, e mesmo do Exterior.

Quanto às minhas palestras — ou minha meia-palestra e meu tutorial —, devo dizer que fiquei lisonjeado, em primeiro lugar por dividir uma palestra com o Euler, em segundo por ter sido recomendado para isso pelo Fetter, e finalmente por me terem confiado o único tutorial, de duas horas. Espero não ter decepcionado; no Brasil, é bem mais fácil saber dos elogios que das críticas. Fiquei um pouco preocupado porque praticamente metade do tutorial foi consumido por dúvidas básicas, conceituais, da audiência; mas, por outro lado, essa interação com os participantes é, na minha opinião, o melhor que há. Fica uma preocupação, que talvez possa ser sanada em conferências futuras dividindo certos temas em um nível básico e, outro, avançado; não sei se seria adequado, mas talvez seja uma maneira de evitar que alguns ‘bóiem’ e outros fiquem aborrecidos. Outro problema é que essas perguntas da platéia puxaram a primeira hora do tutorial para quase um ‘repeteco’ da palestra de 2.007; creio que, querendo palestrar em 2.009, devo conseguir outro tema. O que não é fácil para quem não pode se dedicar completamente ao PostgreSQL.

Em termos mais gerais para 2.009, fica a necessidade de obtermos mais voluntários para a organização do evento, ou uma empresa que nos sirva bem na organização; de obtermos cooperação mais efetiva do grupo global de desenvolvedores; e de mais propostas de palestras, para variarmos mais tanto temas quanto palestrantes.

Ah, e ano que vem, ¡quero levar a família!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Vendo Shorter Oxford English Dictionary

Vendo minha quinta edição, pela Folio Society, de Londres, do Shorter Oxford English Dictionary, título da Oxford University Preß, na cidade homônima. Tudo da Inglaterra, claro.

O motivo é a pretendida troca pela nova, sexta edição. O volume está em perfeitíßimo estado, com muito pouco uso.

sábado, 1 de novembro de 2008

Google tropeça feio — e leva muita gente junto

Tenho um bom amigo que é um ótimo informata — e foi prejudicado pela Google.

Ele foi levado pela Google de seu estado natal para trabalhar em Belo Horizonte, Minas Gerais, junto com filha e mulher — que agora está grávida. E depois de cerca de um ano, a Google fechou seu departamento em Belo Horizonte e ele se vê desempregado, em terra estranha, com três dependentes.

É ou não sacanagem?